Um capítulo marcante da educação de Cabo Frio foi escrito pela Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, que brilhou na III Olimpíada de Ciências e Artes (OCA), promovida pela Fundação CECIERJ. A instituição foi representada por cinco estudantes e quatro professores, que voltaram para casa com medalhas e a sensação de dever cumprido, após se destacarem entre dezenas de escolas de todo o estado.

As equipes “Os da Vincianos” e “Zamani” conquistaram reconhecimento na categoria Inclusão Social com projetos que uniram arte, pesquisa e compromisso com a realidade local. As produções abordaram temas ligados às comunidades quilombolas de Cabo Frio, explorando suas tradições, saberes ancestrais e desafios contemporâneos, dentro de uma perspectiva socioambiental. O resultado foi um trabalho sensível e potente, que traduz o papel transformador da educação pública.

Para os professores envolvidos, o resultado é fruto de um esforço coletivo que vai muito além das salas de aula. Segundo eles, a conquista representa o reconhecimento de um modelo de ensino que valoriza a criatividade, o pensamento crítico e a consciência social dos alunos. “O projeto nasceu da curiosidade dos estudantes em entender melhor o território onde vivem. A pesquisa foi um caminho para conectar ciência, arte e identidade”, contou uma das educadoras da equipe.

A cerimônia de premiação aconteceu no Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias, e reuniu participantes de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro. O evento foi uma celebração à pesquisa e à educação, marcada por emoção, troca de experiências e valorização dos projetos que unem inovação e impacto social.

Mais do que medalhas, a participação da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista na OCA simboliza a força da educação pública como agente de transformação. O reconhecimento estadual reforça o compromisso da unidade em formar jovens preparados para pensar o mundo com empatia, senso crítico e criatividade — pilares fundamentais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

O sucesso dos alunos e professores de Cabo Frio mostra que quando a escola incentiva a curiosidade e o protagonismo dos estudantes, o aprendizado vai além dos livros e se torna parte viva da comunidade.