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Região dos Lagos recebe projeto que leva Hip-Hop às escolas públicas periféricas


O Hip-Hop é mais do que uma expressão cultural: é linguagem, resistência e potência educativa. É justamente com essa visão que o projeto “Hip-Hop nas Escolas 022” será implantado em três instituições públicas da Região dos Lagos — localizadas em Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo — a partir da próxima segunda-feira (7). A ação atende à Lei Estadual nº 10.180/2023, que reconhece o movimento como ferramenta pedagógica e instrumento de transformação social.

Com oficinas práticas e imersivas, conduzidas por arte-educadores e artistas da cena local, o projeto oferece workshops voltados para os quatro pilares do Hip-Hop: rap, grafite, dança (break) e discotecagem (DJ). Cada oficina terá até 3 horas de duração e será realizada em dias separados. Ao final, os estudantes poderão mostrar o que aprenderam em um evento cultural aberto à comunidade escolar, promovendo troca, pertencimento e protagonismo juvenil.

Mais do que capacitação artística, o projeto propõe uma abordagem pedagógica que fortalece a identidade cultural dos jovens e estimula o pensamento crítico. Ao integrar o Hip-Hop ao ambiente escolar, a proposta cria espaços para o debate de temas como desigualdade, racismo, violência urbana e diversidade. Assim, a iniciativa amplia os horizontes educacionais e incentiva a formação cidadã dentro da rede pública de ensino.

A escolha pelo Hip-Hop não é aleatória. Surgido nos anos 1970 no Bronx, em Nova York, o movimento nasceu da necessidade de expressão da juventude periférica — e carrega, até hoje, um forte conteúdo político e social. Seus quatro elementos desempenham papéis complementares na formação de jovens brasileiros:

Rap – A voz das ruas. É onde a oralidade vira poesia. Os alunos terão contato com rima, métrica e improviso para transformar experiências em narrativa. 

Breakdance – O corpo fala. A dança urbana desenvolve disciplina, expressão e consciência corporal por meio de movimentos intensos e acrobáticos. 

Grafite – A arte que grita nas paredes. No projeto, os jovens vão explorar o grafite como linguagem visual e ferramenta de afirmação identitária. 

DJ – O som que movimenta tudo. Com técnicas de mixagem, ritmo e produção sonora, os alunos vão entender como a música embala e conecta os elementos do movimento.

O “Hip-Hop nas Escolas 022” não apenas insere a arte no cotidiano escolar — ele reposiciona a cultura urbana como linguagem legítima dentro da educação formal. E ao dar espaço às vozes da juventude periférica, reforça que toda transformação começa pelo reconhecimento da própria identidade.

A iniciativa ainda contará com um evento de encerramento em cada escola, em que os estudantes poderão apresentar seus trabalhos, compartilhar suas experiências e estreitar os laços com a comunidade, encerrando o ciclo com potência e representatividade.    

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