A Prefeitura de Maricá e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram, nessa semana, a oficialização de uma parceria para a promoção do ensino, pesquisa e inovação no futuro Parque Tecnológico do município.

Assinado nessa quarta-feira, 5, o termo de cooperação teve seu acordo celebrado em evento que contou com a presença do prefeito Washington Quaquá (PT), a primeira-dama, Gabriela Lopes, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, e o diretor do Instituto de Biofísica da UFRJ, Kildare Rocha.

A parceria com a maior universidade federal do país prevê a criação de um curso de graduação em biotecnologia, com 50 vagas já previstas para o próximo vestibular, além da implantação de um núcleo de pesquisa da UFRJ no novo espaço.

De acordo com a universidade, a expectativa é que o Parque Tecnológico se torne um centro de excelência em soluções tecnológicas e formação de profissionais qualificados para o desenvolvimento científico e produtivo da região.

“A nossa vinda para Maricá tem muito a ver com o trabalho que essa cidade está fazendo pela sua população. Muitos falam de petróleo, mas poucas cidades souberam aproveitar esse recurso como Maricá faz, com benefícios reais para as pessoas. Se não dominarmos ciência, tecnologia e inovação, jamais teremos um povo verdadeiramente soberano”, afirmou Roberto Medronho.

Para o prefeito de Maricá, a parceria com a UFRJ representa mais do que a ampliação das oportunidades de ensino superior na cidade, uma medida estratégica para potencializar o desenvolvimento do município.

“Fazer essa parceria com a UFRJ é estratégico para trazer tecnologias para o município. Queremos que Maricá seja um grande polo científico e tecnológico do país. Tudo isso é para construir uma economia para as pessoas e para as famílias”, avaliou Quaquá.

Diretor do Instituto de Biofísica da UFRJ, Kildare Rocha lembrou que a expansão da universidade faz parte de sua missão institucional, e se disse motivado com o desafio da abertura de um novo curso na cidade.

“Nos motiva oferecer à população a possibilidade de atuar no campo científico, promovendo desenvolvimento onde estamos presentes. O curso de biotecnologia foi pensado com aplicação concreta e tem tudo para colocar Maricá no mapa do desenvolvimento tecnológico biológico do estado e do país”, comentou Kildare Rocha.

Em construção do bairro de Ubatiba, o Parque Tecnológico de Maricá será gerido pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), e executado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), contando com 4 andares, e abrigando desde a sede do ICTIM e aceleradoras de empresas até as salas do novo curso da UFRJ.

“Não é fácil trazer a maior universidade federal do Brasil para cá. O 1º piso será totalmente dedicado à graduação em biotecnologia da UFRJ”, adiantou o presidente da Codemar, Celso Pansera (PT-RJ).

Segundo o município, o novo espaço também vai abrigar empresas e centros de pesquisa privados, consolidando o modelo de “tripla hélice”, que articula governo, universidades e setor produtivo.

Entre as empresas confirmadas estão a DESAER, que desenvolverá aviões com 75 engenheiros; a Bio Inovar, voltada à medicina de alta precisão; e o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), além de parcerias com o Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria (SENAI), e o complexo MARAEY, que prometem capacitar 1.500 pessoas para o setor hoteleiro local.