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Família ferida por explosão segue internada em Cabo Frio

Uma tentativa de improvisar um fogareiro com álcool para cozinhar terminou em tragédia no bairro Jardim Esperança, em Cabo Frio. O incidente ocorreu no dia 21 de julho, quando os pais de uma menina de apenas 1 ano e meio, sem gás de cozinha disponível, utilizaram o combustível inflamável para preparar uma refeição. O fogo descontrolado atingiu os três membros da família.
Lorena Gomes dos Santos, a criança, teve 90% do corpo queimado e chegou a ser socorrida de helicóptero pela equipe da Superintendência de Operações Aéreas (SOAer), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Ela foi levada ao Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, unidade referência no tratamento de queimaduras e traumas graves. Dois dias após o acidente, porém, a menina não resistiu aos ferimentos. O sepultamento ocorreu no dia 23, no cemitério do próprio bairro.
Os pais da criança permanecem internados no Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama. De acordo com boletim atualizado nesta terça-feira (29), Raissa, mãe da vítima, apresentou evolução significativa e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo transferida para um quarto, onde segue recebendo cuidados médicos e passa por processo de recuperação.
Já Pablo, pai de Lorena, ainda se encontra em estado mais delicado. Ele permanece internado na UTI da mesma unidade, com aproximadamente 80% do corpo comprometido por queimaduras. Segundo a equipe médica, apesar da gravidade, o paciente tem mostrado avanços no quadro clínico e segue sob atenção redobrada.
A tragédia reacende o alerta sobre os riscos do uso de materiais inflamáveis em residências, especialmente diante da escassez de recursos e da falta de alternativas seguras para a população de baixa renda.