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Conceição Evaristo marca presença em encerramento da FLIM, em Maricá

Terminou nesse domingo, 14, de forma emocionante a 10ª edição da Feira Literária Internacional de Maricá (FLIM), que reuniu mais de 260 mil visitantes em 10 dias de programação, superando em 10% a marca de 2024.
Promovida pela Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, a FLIM reuniu mais de 70 atividades, entre debates, espetáculos infantis, rodas de conversa, apresentações musicais e shows, com destaque para a homenagem à escritora Conceição Evaristo, que participou da mesa de encerramento do evento.
Como o tema “Escrevivências”, conceito central da obra de Conceição Evaristo, a escritora participou do Papo FLIM ao lado da escritora, jornalista, roteirista e apresentadora, Eliana Alves Cruz, da escritora Bárbara Carine, e do escritor Jeferson Tenório.
Celebrada pelo público, a autora recebeu homenagens de alunas da Escola do Idoso de Maricá, e falou sobre a experiência na FLIM 2025, ressaltando a importância do tema do evento para sua própria história na literatura.
“Estou muito feliz de estar no meio de vários professores e poder falar para este público imenso. O termo ‘Escrevivências’ surgiu na minha dissertação de mestrado e, 30 anos depois, vou lançar o livro”, afirmou Conceição Evaristo, sobre seu livro “Escrevivências: identidade, gênero, violência na obra de Conceição Evaristo”, lançado em 2016.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Educação de Maricá, a média diária de público superou 26 mil pessoas, dimensão que reforça o papel do evento como uma política pública de acesso à cultura e à educação.
“Maricá, com 220 mil habitantes, recebeu até sábado 260 mil visitantes – o equivalente a 118,18% da nossa população. Essa conquista só foi possível graças à visão do prefeito Washington Quaquá (PT) e ao trabalho de toda a rede de educação e parceiros”, disse o secretário de Educação, Rodrigo Moura.
Além da mesa de debates do Papo FLIM, o último dia de evento contou com a presença do jornalista e historiador, Thiago Gomide, do escritor e professor Luiz Antônio Simas, e da jornalista Flávia Oliveira, que discutiram temas como Inteligência Artificial (IA), Carnaval e Cultura, e Juventude, além de shows de Nati Pani e Mari Fernandez.
Considerado o grande momento literário da feira, a Mesa 10, que fechou a FLIM 2025, com o bate-papo “Escrevivências”, abordou temas como afrodescendência, reconstrução histórica, futuro do país e da literatura, educação e projetos políticos pedagógicos.
O evento contou ainda com o “Samba Talk”, em homenagem a Arlindo Cruz e com participação do compositor e sambista Sombrinha e do cantor Inácio Rios, mediados pelo apresentador e produtor, Maurício Pacheco.
“Relembrar diversas obras de Arlindo Cruz é algo único. Eu conversava muito com Almir Guineto e falava que o samba cura. Então, relembrar canções e partes da vida de Arlindo no dia do aniversário dele, é um sentimento gostoso e ajuda na cura da saudade”, afirmou Sombrinha.
Já na tenda FLIM Jovem, o debate foi sobre o futuro, com a palestra “Inteligência Artificial e Profissões do Futuro”, ministrada por Antônio Kronemberg, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
“A Inteligência Artificial (IA) sempre será melhor que o ser humano. Não conseguimos analisar 1 milhão de processos em 2 dias como a máquina, é humanamente impossível. Mas a IA nunca será melhor que o ser humano com a IA enquanto ferramenta”, avaliou Antônio Kronemberg.
Na parte musical, o encerramento do evento ficou por conta das apresentações animadas das cantoras, Nati Pani, e Mari Fernandez, que embalaram a noite de domingo com muita música ao vivo e diversão, além de grandes sucessos do sertanejo.
Crédito da foto: Bernardo Gomes