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Carro elétrico comprado em leilão por oficina de Araruama vem com concreto no lugar da bateria

Uma oficina de Araruama, que comprou um carro elétrico em um leilão por mais 40 mil reais, acabou passando uma situação inusitada ao descobrir que, no lugar da bateria de 26,8 quilowatt-hora (kWh), havia um bloco de concreto.
O caso aconteceu com a oficina B3 Car, localizada no bairro Coqueiral e especializada em leilões, que publicou um vídeo nas redes sociais contando sobre o prejuízo pela compra do Renault Kwid elétrico com a “bateria concretada”.
“Fala, pessoal, boa tarde. Mais um carro que a gente compra aí no leilão. Somos especializados em leilão, né, loja B3 Car, aqui em Araruama, Rio de Janeiro. Compramos esse Kwid elétrico, leilão; quando a gente foi finalizar a parte mecânica do carro para funcionar, porque ele veio sem funcionar, né; detectamos um problema grave, né, do leilão, mais uma vez sendo covarde, e não deixando claro que o carro estava com a bateria adulterada. Quando fomos abrir a bateria, concreto no lugar da bateria. Prejuízo de mais de 40 mil reais”, contou um dos funcionários da oficina.
Apesar do enorme prejuízo, o vídeo termina de forma bem humorada, com os funcionários fazendo uma alusão ao antigo carro de “Os Flintstones”, desenho animado da década de 1960 sobre uma família da Idade da Pedra.
“Agora, né, a solução é fazer o seguinte, cortar o assoalho do carro e pedalar”, brincam os funcionários, no final do vídeo publicado há cerca de uma semana.
Nos comentários, entre muitas mensagens de apoio e muitas mensagens de indignação pelo ocorrido, um dos seguidores do perfil da oficina brinca com a situação, também mostrando muito humor e criatividade.
“Descobri um novo modelo. Kwid Concreto Edition”, brincou um seguidor, ao que outro seguidor sugeriu “Kwid Concretex Edition”.
Mas o mais impressionante é que esse não foi o 1º caso de um Renault Kwid elétrico com uma “bateria concretada”. Em agosto de 2024, novamente um carro adquirido em um leilão, foi levado por um cliente para a Ralla Tecnologia, de São Gonçalo.
Em vídeo publicado na conta da oficina no Instagram, um funcionário conta que, ao erguer o carro em um elevador automotivo, notou-se os conectores da bateria soltos, descobrindo depois um bloco de concreto no lugar das células de íons de lítio.
“O cliente chegou aqui com esse Kwid totalmente elétrico adquirido em leilão, com colisão frontal. Vou mostrar a frente do carro aqui, bem danificada. E o carro veio com os conectores da bateria quebrados. São 3 conectores que vêm lá da frente e encaixam no alojamento aqui atrás. E para troca dos conectores, tem que retirar esse alojamento. E, ao retirar, veio a surpresa. Os fios da bateria foram cortados. E não tem bateria. Fizeram uma forma de concreto para botar no lugar da bateria em algum momento entre o acidente, a oficina e o pátio do leiloeiro. Uma bateria dessa, por volta de 40 mil [reais]. E o proprietário terá de brigar aí com a seguradora para reaver o valor do veículo”, contou o funcionário da Ralla Tecnologia, na época.
De acordo com uma reportagem do Jornal do Carro, do Estadão, o veículo teria sido devolvido ao leiloeiro, que, então, recolocou o modelo à venda em um pregão recente, o mesmo que, supostamente, teria sido arrematado pela B3 Car, de Araruama.