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Cabo Frio suspende moeda social Itajurú após escândalo de fraudes e beneficiários fantasmas

Irregularidades no cadastro de beneficiários do programa da moeda social Itajurú levaram à suspensão imediata do auxílio em Cabo Frio. A decisão foi tomada após uma auditoria da atual gestão detectar graves inconsistências nos dados — incluindo cadastros fraudulentos, beneficiários que não residem na cidade e até pessoas já falecidas ainda registradas como ativas no sistema.
O pente-fino foi iniciado logo no início do governo do prefeito Dr. Serginho (PL), diante de indícios de má gestão e uso indevido de recursos públicos por administrações anteriores. A moeda social Itajurú foi criada com a proposta de apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, mas acabou se tornando alvo de descontrole e desvio.
O relatório da auditoria é alarmante: dos 4.500 inscritos no programa, cerca de 1.500 apresentavam informações completamente irregulares. Além disso, mais de uma centena de registros pertenciam a moradores de outros municípios, como Japeri, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Guapimirim, Búzios e São Pedro da Aldeia.
Diante do cenário, a Prefeitura informou que os dados levantados foram encaminhados ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e ao Tribunal de Contas do Estado, para investigação e responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
Com o benefício suspenso, a Secretaria Municipal de Assistência Social já trabalha na reformulação completa do programa. A nova proposta prevê regras mais rígidas para o acesso ao auxílio, com mecanismos de fiscalização reforçados, para garantir que os recursos cheguem, de fato, a quem mais precisa.